A raça surgiu a partir de antigos animais que povoaram a Normandia e dos bovinos introduzidos pelos conquistadores Vikings, no século IX. Os Vikings levavam consigo animais "germânicos" para povoar uma zona litorânea da Grã-Bretanha, onde surgiu a raça Hereford e, no outro lado do canal da Mancha, conquistaram a região que passou a ser conhecida como Norman-dia. Mais tarde, foram utilizados touros britânicos, a partir do século XVII, na península Contentin, ampliando-se para as regiões periféricas até o século XIX. Era chamada, então, de "raça germânica" (devido á semelhança com os gados de Breitenbourg, Wistermasch e Mecklen-bourg), ou raça "Contentina" Por volta de 1850, a introdução de sangue Durham e Shorthorn permitiu melhorar ainda mais a precocidade e as formas, chegando a um vitorioso Normando, de grande porte, espalhando-se para as regiões de Mayenne, Sarthe, Lile-et-Villiane, Loire Atlantique, Euro-et-Loire e o norte francês. Também o Hereford e o Polled Hereford foram utilizados nesse período, em menor escala, cabendo salientar que a origem destas raças, de acordo com alguns estudiosos, está baseada nas incursões vikings na Bretanha, para onde levaram o gado Normando.
No Brasil o Normando chegou a Argentina em 1892, a Colômbia em 1877, ao Uruguai em 1889 e está no Brasil há mais de 100 anos, mas o primeiro animal registrado foi a vaca "Baianoide", de José G. Gauer, em 1923, da cidade de Santa Maria, RS, importada com mais 3 vacas e 1 touros diretamente da Franca no mesmo ano. Os primeiros cruzamentos, no Brasil, foram realizados com o Gir, em 1973, no Rio Grande do Sul. Posteriormente, foram utilizadas as raças Nelore, Guzerá e Tabapuã, tendo sido preferidas as crias mestiças de Tabapuã por serem mochas.
O Normando Mocho foi introduzido no Brasil em 1987, por Arnol Fernandes Guerra, de Santana do Livramento, RS, oriundo da internacionalmente famosa Cabanha Santa Rosa, de Hector Caorsi, na cidade de Durazno, no Uruguai, registrando logo o primeiro animal, "Metanol do Caverá".
O gado apresenta boa aptidão para engorda, ganhando espaço nessa função, nos últimos anos. Os machos pesam entre 1.000-1.200 kg, com recordes acima de 1.300 kg; as fêmeas pesam entre 650 -800 kg. Os novilhos pesam 300 kg aos 12 meses mas, se direcionados para o abate após período de confinamento, atingem 500-550 kg entre 12 -15 meses, com ganho diário de 1.200-1.400 gramas.
Nos cruzamentos, o macho pesa até 450 kg com menos de 2 anos, podendo chegar a 520 kg, no Brasil. Aos 3 anos, as vacas mestiças passam de 635 kg, conforme experiências em Lages, SC.